quarta-feira, 12 de setembro de 2012

"Aluga-se um terreno na lua" chega na metade do processo de 2012


Nos meses de junho e julho, o grupo passou por duas oficinas com dois mestres. A primeira oficina, foi de corpo, para o grupo aprofundar as intenções dos gestos e do estudo do corpo dos personagens tanto nas coreografias quanto no espetáculo todo, também para aprimorar a sincronização entre os elementos da dança e da dramaturgia e quem ministrou a oficina de 4 horas diárias durante seis dias foi Liliam Domingos - DRT 13.530 - Formação em Dança - Comunicação das artes do corpo pela PUC SP e formada em Artes cênicas pelo Senac SP estudou ballet clássico, moderno, jazz, flamenco, dança contemporânea, new dance, composição coreográfica, teatro gestual e academia de circo. Atuou em várias peças em São Paulo se dedica a pesquisa do corpo do ator. Docente de expressão corporal na formação de atores.
A última oficina foi ministrada por Roberto Rosa que é diretor e ator, fundou a Cia. de Teatro Fábrica São Paulo em 1983. Dirigiu diversos espetáculos e dentre eles o espetáculo:  A Farsa do Advogado Pathelin com o Grupo Rosa dos Ventos de Presidente Prudente no espetáculo , Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro – Melhor Trabalho Apresentado em Rua em 2010. Atuou em O Novo Processo de Peter Weiss, com direção de George Froscher e Kurt Bildstein (Teatro Livre de Munique); Macbeth e A Falecida, com direção de Robert McCrea; Em Alto Mar, com direção própria; O Arquiteto e o Imperador da Assíria, com direção de Antônio Januzzelli (Janô); O Santeiro do Mangue, direção José Celso Martinez Corrêa; Macbeth, com direção de Duda Miranda; Paula, com direção de Roberto Rosa, entre outros. Fez Curadoria e Coordenação do 1º e 2º Fórum Artístico do Interior da Cooperativa Paulista de Teatro, 2007; produziu e coordenou 3º e 4º Fórum do Interior: Artes e Políticas Públicas (2011 e 2012); e  Coordenação do Projeto Caravana Paulista de Teatro,2006, uma realização da Cooperativa Paulista de Teatro e Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Fez curadoria do Festivale 2011/ São José dos Campos e FESTEPIRA 2011. Integrou a Comissão de Seleção do PROAC de Circulação de Espetáculos Teatrais 2011. Administra e produz o Projeto Teatro nos Parques da Cooperativa Paulista de Teatro (2010, 2011 e 2012).
Rosa ajudou o grupo a aperfeiçoar o estudo simbólico, estético e plástico do espetáculo, dando uma visão de fora e uma direção geral da peça.



                                        final da oficina com Roberto Rosa - foto: Gabriel Pereira

Para o grupo estes processos foram uma das melhores coisas que o patrocínio do VAI pôde proporcionar, pois foi a primeira vez em que o grupo se reuniu com outros profissionais, com isso houve trocas muito interessantes e o projeto pôde ser compartilhado e  aperfeiçoado com pessoas de fora do processo criativo. O processo ganhou um corpo mais consistente e descobriu-se caminhos novos, com diversas possibilidades e o mais importante : uma bagagem maior de estudos e teorias que o grupo firmou e ganhou para estudos futuros.

Outro processo importante que também veio este ano, foi a substituição da atriz Tábatta Iori que foi à estudos para a Itália, pela atriz Jussara Vicente, no mês de agosto.
Jussara Vicente Formada em Teatro pelo INDAC em 2004. Atuou nos espetáculos: A Maçã (2011)- direção André Auke; A Caixa de Brinquedos (2011)- direção Orlando Basptistim; O Duende Sapeca e a Bruxa Perereca (2011)- direção Orlando Basptistim; Bullying não é brincadeira (2010)- direção Polako Ferreira; Chuá, Chuá, isso é hora de brincar? (2010)- direção Natália Siufi. Participou da Cia Mossoró de Variedades nos anos 2008 e 2009. Oficinas e cursos: Contador de Histórias;Dança Afro; Canto; Dança de Rua; Danças Brasileiras. Atualmente faz parte do Grupo 3 de Copas.

Jussara passou pelas oficinas junto com o grupo onde facilitou sua entrada no universo dos mendigos. O grupo ficou muito satisfeito pelo resultado e pelas duas apresentações do dia 28 de agosto que aconteceram no Céu Uirapuru para alunos da rede pública de ensino. Para o grupo também foi um grande aprendizado, pois também foi a primeira vez que o projeto passou por substituição de atriz, acreditam que o trabalho firmou-se muito mais, pois tiveram que passar teoricamente e fisicamente todos os detalhes da criação do espetáculo; compartilhar de ideias e conceitos para um aprofundamento dos detalhes já desenvolvidos e lidar com observações e visões de pessoas distintas. 



                                      Jussara e Guilherme no palco do Céu Uirapuru - Foto: Cintia Sales

Neste mês de setembro, tudo volta ao normal. Tábatta Iori já esta em terra firme e dia 25 de setembro, estaremos no Céu Alvarenga.

Quero agradecer a todos pela força!
Gratidão Guilherme Maciel, Iohann Iori Thiago, Gabriel Pereira, Cintia Sales, Jussara Vicente, Liliam Domingos e Roberto Rosa!

Não somos nada sem união!
Muita luz!

*em breve fotos e vídeos de todos os processos.



Att.,
Tábatta Iori
Grupo Teatral Qualquer Coisa a Gente Faz Outra Coisa

segunda-feira, 9 de abril de 2012

"Aluga-se um terreno na lua" mais um ano fomentado pelo VAI - Programa de Valorização de Iniciativas Culturais 2012

"Aluga-se um terreno na lua" foi contemplado com o fomento do VAI 2012.

O grupo entra em processo de pesquisa a partir de maio e irá até agosto.
Agosto reestreia o espetáculo "Aluga-se um terreno na lua" com mudanças por causa da  pesquisa que será feita.


Plano de trabalho
De Maio a Julho: Processo de pesquisa, aprofundando a concepção interna, estética e teórica do espetáculo:
-Estudo de movimento (expressão corporal e dança)
-Pontuação das diferentes linguagens que dialogam dentro do espetáculo
-Estudo com dois pesquisadores convidados pelo grupo, um para aprimorar a sincronização entre os elementos da dança e da dramaturgia, outro para aperfeiçoar o estudo simbólico, estético e plástico do espetáculo.
De Agosto a Dezembro: Dez apresentações em diferentes espaços, executando os experimentos e pesquisas feitas nos meses anteriores.


Em breve mais informações.
Foto: Cintia Sales. 14ª Mostra de Dança de Monte Azul - Setembro/2011

domingo, 6 de novembro de 2011

Cidade

Carcaça vertical de concreto
Que cobre o vão do céu
Com vidraças velozes
E derrama teus cacos nos olhos do tráfego
Sujando de cinza o que antes era cor
Espreitando a via e o fluxo
Para o velho descompasso
De pés que se cruzam e nunca se encontram.
E dessa ordem ao contrario
Deturpação sonora
Ecoando nos sensores
Como sinfonia de ruídos.
“Alô, alô...tem alguém me escutando?”
Interferência dissonante na comunicação
Talvez sejam os pombos dançando nos fios
Ou o silêncio dos mendigos
Que dormem se inclinando nos postes.
Quem sabe estejam todos camuflados no cinza do ar,
E por isso não se notam
Como uma multipluralidade invisível
Um cardume de gente que não se vê
Chegamos então. Rua sem saída!
E se todos no labirinto de pedra
Fossem literalmente cegos?
Talvez se enxergariam...


Guilherme Maciel.